Cinco riscos após a migração para a nuvem e como evitá-los
Temos coberto os problemas que surgem na migração para nuvem, mas aqui mergulhamos nos desafios que os CIOs e seus times de TI enfrentam depois da migração para a nuvem, e como evitá-los.
O trabalho continua fluindo dos datacenters para ambientes IaaS como Google Cloud Platform, AWS e Microsoft Azure. A migração de uma carga de trabalho a um ambiente na nuvem é apenas uma parte do desafio e esta mudança envolve muitos riscos. Alguns podem ser evitados e para outros você pode se preparar. A seguir estão cinco riscos comuns à migração pós-nuvem que os CIOs devem considerar hoje.
Risco 1: Arquitetura ruim leva a custos de computação exorbitantes
Apesar que, em média, 40% das cargas de trabalho de TI de uma empresa ainda estejam em execução em um datacenter privadas, muitas empresas, basicamente, têm dito: "movam tudo para a nuvem o mais rápido que pudermos". A razão é que alguns querem vagar um datacenter alugado ou fechar e reutilizar um próprio, outros fazem a mudança, porque presumem que deveriam estar na nuvem e simplesmente acreditam que precisam sair dali. A situação inevitavelmente se converte na adoção de uma estratégia de "levantar e mudar" para muitas cargas de trabalho, o que significa que não há nenhuma tentativa de adaptar a carga de trabalho à nuvem. Os resultados: sistemas que rodam no mesmo número de máquinas virtuais que estavam no datacenter, com instâncias que refletem aquelas executadas lá e que funcionavam a plena capacidade, 24/7.
Isso pode resultar na mesma carga de trabalho, que custa várias vezes mais para executar na nuvem do que no do datacenter, o que pode facilmente estourar o orçamento de um departamento de TI. Os CIOs podem ser forçados a pegar recursos emprestados de outros projetos críticos ou estratégicos ou podem não ter outra opção a não ser pedir mais dinheiro.
A chave para reduzir custos é adaptar as cargas de trabalho aos ambientes de nuvem. Mesmo um salto rápido para a nuvem deve evitar uma abordagem “levantar e mudar” não ponderada e sempre deve incluir exercícios de dimensionamento correto para reduzir a sobreconfiguração. A adaptação mínima às vezes pode também gerar economias enormes. Por exemplo, uma empresa de serviços financeiros pode ter um aplicativo de modelagem de grande peso que é executada quando é necessário. Por estar disponível a qualquer hora, não pode ser limitada a horas de trabalho específico e estar inativa fora delas. No entanto, ela não necessariamente tem que ser imediatamente disponível. Em vez de rodar 24 horas por dia, 7 dias por semana, a equipe de TI pode configurar uma instância mínima de escuta que espera alguém solicitar a aplicação de modelagem e, em seguida, a executa. Deste modo, a aplicação massiva que consome muita vCPU e centenas de GB de vRAM só será executada durante as horas em que estiver em uso.
Para evitar o risco de que a migração para a nuvem aumente significativamente os custos, os CIOs e sua equipe de TI devem avaliar as cargas de trabalho para essas oportunidades de adaptação como parte de seu processo de integração da carga de trabalho à nuvem.
Risco 2: Má compreensão do ecossistema da carga de trabalho
É claro que, se uma equipe de TI não entende como fluem os dados de um sistema que está se movendo para a nuvem, você pode acabar enfrentando o risco de que a migração para a nuvem aumente os custos inesperadamente. É importante lembrar que o fluxo de dados que entram é gratuito e que o fluxo que sai tem custos. O mesmo processo de incorporação da carga de trabalho que pode ajudar a identificar oportunidades para adaptar uma carga de trabalho para execução de modo eficiente na nuvem também deve mapear quais outros sistemas estão executando o aplicativo para entender melhor onde e quantos dado terão de deixar o ambiente da nuvem e quanto isso custará.
Uma vez que isso é resolvido, o departamento de TI pode decidir como mitigar o risco de aumentar os custos. As opções para eliminar este tipo de problema, seja como parte do processo ou depois do fato, incluem redesenhar o aplicativo para remover fluxos, implementar compressão, a migração de outros sistemas envolvidos para evitar a saída da nuvem e adicionar uma conexão direta com a nuvem ou um entreposto à nuvem para reestruturar e estabilizar o custo.
Risco 3: Ambientes de nuvem não sincronizados com a política de segurança
Em conformidade com o Estudo de Pesquisa de Infraestrutura, Redes e Infraestrutura 2019-2020 da Nemertes Research, cerca de 66% das organizações têm algum tipo de processo de incorporação da carga de trabalho na nuvem logo após uma migração. Atualmente, quase todos incluem a configuração de segurança e 50% das organizações automatizam esta configuração. No entanto, ter a segurança configurada corretamente durante a migração é apenas o primeiro passo. Se profissionais de TI não incorporam de maneira sólida a auditoria e manutenção de cada ambiente de segurança em seus processos e sistemas de gestão de mudanças regulares, inevitavelmente verão seus vários ambientes, na nuvem e locais, desmoronar. Isso deixa a organização em risco de inadimplência e aumenta o risco de comprometimento.
O processo de incorporação à nuvem deve incluir a confirmação de que cada nova oferta está vinculada ao processo de gestão de mudanças, assim como também atualizar as políticas de segurança e auditoria como necessário quando ambientes de nuvem completamente novos são agregados ao mix. Ferramentas como Flexera, Scalr e Tufin também estão disponíveis para ajudar a implementar a segurança de forma consistente em todos os ambientes.
Risco 4: Visibilidade inadequada de desempenho e uso
As equipes de TI muitas vezes podem perder de vista o desempenho e utilização de um sistema na nuvem não porque não são podem obter a informação, mas porque não têm puderam planejar como obtê-la e usá-la. O foco em uma migração para a nuvem é mais intenso do que o foco sobre o gerenciamento contínuo de operações na nuvem. Quando os administradores têm de usar um conjunto de ferramentas de forma diferente para adquirir os dados incorporados em um portal de provedores, isso diminui a probabilidade de que as informações sejam compiladas e usadas de forma consistente.
Um bom processo de integração deve levar a uma preparação adequada para operações na nuvem em cada carga de trabalho migrada. O ideal é ter como resultado a integração de dados do sistema de administração da nuvem no conjunto de ferramentas de gestão existentes. Isto também pode ser implementado depois do fato, mas em muitos casos, não será até que ocorra um problema significativo com o desempenho ou disponibilidade.
Risco 5: A gestão inadequada do ciclo de vida leva à perda de dinheiro
Por fim, após a migração para a nuvem existe o risco que a TI não acompanhe os sistemas recentemente implementados até o final de sua vida útil. Este é um problema familiar para a nuvem: sistemas “zumbi” são um problema desde o nascimento da virtualização de servidores e a nuvem o amplifica, já que é mais fácil perder de vista um sistema que não tem características físicas visíveis; em outras palavras, sem um servidor sentado em uma prateleira. Não é raro que equipes de TI estabeleçam novos ambientes de teste e desenvolvimento sem desmontar completamente os antigos ou substituir um servidor por um serviço; por exemplo, substituir um banco de dados SQL DIY por uma oferta DBaaS do provedor da nuvem, mas apenas desligando o aplicativo de banco de dados original, sem fechar a instância na qual está sendo executado.
Além de desperdiçar dinheiro, esses zumbis podem criar riscos de segurança onde os sistemas em funcionamento não possuem patches e as configurações não são mantidas, entre outros.
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