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Redes de TI: um componente essencial para o sucesso das empresas
A adoção em massa das tecnologias emergentes trará eficiência, agilidade e economia de custos às redes corporativas, mas também colocará desafios para os departamentos de TI, que terão de modernizar e expandir a infraestrutura de rede das empresas.
As redes de TI são a espinha dorsal que permite o fluxo de informações dentro das organizações modernas. Sem uma infraestrutura de rede robusta e bem gerenciada, as empresas simplesmente não conseguiriam operar nos dias de hoje.
As redes conectam funcionários, dados, clientes e parceiros, possibilitando a colaboração e a produtividade. Por isso, investir em redes escaláveis, seguras e ágeis é fundamental para a competitividade das companhias.
Uma pesquisa recente da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) aponta que 60% das empresas consideram as redes de TI muito relevantes ou essenciais para seus negócios. Para elas, ter uma infraestrutura de rede sólida é crucial para garantir continuidade operacional e suportar as crescentes demandas por conectividade na era digital.
As redes de TI afetam praticamente todos os aspectos de um negócio moderno. Elas permitem a comunicação entre equipes por e-mail, mensagens instantâneas e voz; viabilizam o armazenamento e o compartilhamento de documentos na nuvem; possibilitam reuniões por vídeoconferência entre filiais distantes; provêm acesso a aplicativos de gestão como ERP, CRM e BI; conectam máquinas e sistemas através da internet das coisas (IoT); entregam conteúdo e publicidade online e muito mais.
Portanto, não é exagero afirmar que as redes de TI são o coração do funcionamento das organizações na era digital, e que a saúde do negócio depende da saúde de sua infraestrutura de rede.
Tendências emergentes
O mercado brasileiro de TI deverá crescer 5% em 2023, segundo projeções da IDC Brasil, impulsionado por investimentos em novas tecnologias como cloud, IoT, inteligência artificial e 5G. Essas inovações trarão grandes mudanças para as redes corporativas.
A computação em nuvem, por exemplo, demanda links de dados de alta velocidade entre núcleos de data centers para permitir acesso rápido aos recursos. O 5G, por sua vez, promete revolucionar áreas como carros autônomos e cirurgias remotas, graças às baixíssimas latências dessa nova tecnologia de rede móvel.
Outras tendências importantes são a virtualização de funções de rede com SDN e NFV, que permitem o gerenciamento e a configuração automatizados, e a tecnologia de redes definida por software (SD-WAN), para conectividade mais ágil e flexível.
A chegada do 5G trará mudanças significativas na infraestrutura de rede das empresas. A quinta geração de telefonia móvel permitirá taxas de transmissão de até 20 Gbps, contra 1 Gbps do 4G. Além disso, a latência (atraso) na comunicação cairá para 1 milissegundo, ante 60 ms do 4G.
Já a computação em nuvem exige redes capazes de lidar com enormes volumes de dados trafegando entre centros de processamento. Os hyperscalers como AWS, Microsoft e Google operam centenas de data centers pelo mundo, que precisam ser interconectados com links de fibra óptica de alta capacidade.
A adoção em massa dessas tecnologias emergentes trará eficiência, agilidade e economia de custos às redes corporativas, mas também colocará desafios para os departamentos de TI, que terão de modernizar e expandir a infraestrutura de rede das empresas.
Empresas investem em automação, atualização e segurança de redes
As empresas brasileiras estão adaptando suas redes para um futuro baseado em dados. A automação de processos com inteligência artificial é uma prioridade, e a atualização da infraestrutura legada com redes definidas por software, mais ágeis e flexíveis, está no radar.
Outro foco é aprimorar a cibersegurança, já que redes mais sofisticadas atraem mais ameaças. Técnicas como aprendizado de máquina estão sendo aplicadas para detectar e responder automaticamente a ataques.
Investimentos em fibra óptica para lidar com o aumento brutal de tráfego de dados também são cruciais. Essas mudanças exigem novas habilidades da equipe de TI, mais integração entre sistemas e uma visão de longo prazo na gestão da infraestrutura de rede.
Segundo um levantamento recente, sete em cada dez empresas brasileiras tinham planos de investir em automação de TI em 2023, visando ganhos de eficiência e produtividade. As soluções mais demandadas envolviam machine learning, analytics, RPA e chatbots.
As empresas brasileiras que estão se adaptando às mudanças
O cenário das redes de TI no Brasil está testemunhando uma adaptação significativa por parte das empresas, impulsionada pelas tendências emergentes. Diversas organizações estão ajustando suas estratégias e investindo em soluções inovadoras para garantir sua relevância e eficácia no mercado.
A Algar Telecom, por exemplo, tem direcionado esforços para aprimorar sua infraestrutura de rede, conforme publicou em seu blog oficial. Esse investimento é fundamental para a empresa atender a crescente demanda por serviços digitais e proporcionar uma experiência de conectividade de alta qualidade aos seus clientes.
Já a Vivo, uma das gigantes de telecomunicações do país que, segundo a ADVFN, está focada em ser reconhecida como uma empresa de tecnologia está reduzindo investimentos em infraestrutura de rede e direcionando esforços para inovação tecnológica. A empresa está tentando se adaptar a um cenário onde a tecnologia é central para o sucesso empresarial.
A TIM Brasil é outra que está adotando abordagens inovadoras. Conforme evidenciado pela Forbes Brasil, a implementação de inteligência artificial (IA) na cibersegurança está no radar da empresa. Ela tem explorado ativamente soluções baseadas em IA para fortalecer suas defesas cibernéticas, reconhecendo a importância vital da segurança da rede em um cenário digital cada vez mais complexo.
A Claro Brasil, por sua vez, tem investido consideravelmente na modernização de suas redes, visando atender à crescente demanda por conectividade de alta qualidade. Essas iniciativas refletem a importância da infraestrutura de rede robusta no contexto das demandas emergentes.
Através de estratégias diversas, essas empresas brasileiras estão demonstrando adaptação e inovação para permanecerem relevantes em um ambiente empresarial em constante evolução. E essas são apenas algumas das adaptações que demonstram como as redes são vitais para a transformação digital das empresas brasileiras, que terão que continuar investindo para construir uma infraestrutura ágil, inteligente e segura para atender às demandas do futuro.