niphon - stock.adobe.com

Qual é a relevância da Wi-Fi 6 na evolução da conectividade no Brasil?

Associação NEO, uma das principais interlocutoras do setor de telecomunicações, apoia Anatel na alocação da faixa de 6 GHz e destaca os benefícios da decisão.

O avanço da conectividade no Brasil atingiu um marco significativo desde 2021, com a decisão unânime da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de destinar integralmente a faixa de 6 GHz para o uso não licenciado de equipamentos Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7. Esta decisão da Anatel representa um passo para a evolução da tecnologia Wi-Fi e proporciona uma série de benefícios para os consumidores brasileiros.

Rodrigo Schuch, Presidente da Associação NEO, compartilha sua visão sobre os impactos positivos dessa decisão. "Esta alocação é um marco significativo para o avanço da conectividade no Brasil. Vale lembrar que por meio do uso do Wi-Fi6E a experiência indoor dos clientes em banda larga fixa é significativamente melhor, mas também temos casos importantes de uso outdoor”, afirma.

Um exemplo de uso outdoor pode ser observado no caso de sucesso Favela 3D, iniciativa de nossa associada Alloha Fibra, representada pela marca Giga+. O projeto, realizado em parceria com a Gerando Falcões, disponibilizou internet gratuita de alta velocidade por meio do Wi-Fi 6 para a Favela dos Sonhos, localizada em São Paulo. Com 15 roteadores, a iniciativa beneficia cerca de 190 famílias, promovendo inclusão digital e ampliando o acesso à conectividade de qualidade, essencial para uso de serviços considerados básicos, como educação on-line. 

Durante uma recente Audiência Pública na Câmara dos Deputados, Aníbal Diniz, representando a Associação NEO, apresentou argumentos que reforçam o apoio da Entidade à decisão da Anatel e destaca três pilares que considera fundamentais.

  • Aumento de competitividade no setor de Telecomunicações: Segundo Diniz, a alocação da faixa de 6 GHz impulsiona a competição entre banda larga fixa e móvel, especialmente relevante em um mercado brasileiro diversificado, com mais de 20 mil prestadoras de banda larga fixa. Essa simetria competitiva resultou em aumento de acessos, velocidades e preços mais acessíveis para os consumidores.
  • Incentivo à Indústria Nacional: Do contrário da indústria de equipamentos para telefonia móvel, predominantemente estrangeira, a indústria nacional é favorecida pela alocação da faixa de 6 GHz para Wi-Fi. Isso não apenas beneficia os fabricantes locais de equipamentos como também impacta positivamente toda a cadeia de suprimentos de telecomunicações no Brasil.
  • Evolução Tecnológica com Wi-Fi 7: Para a Associação NEO, a decisão da Anatel também permite a preparação para a implantação do Wi-Fi 7 no Brasil. O Wi-Fi 7 oferece conexões sem fio mais rápidas, estáveis, com maior largura de banda e menor latência, atendendo à crescente demanda por dados em residências e indústrias.

“O apoio à decisão da Anatel reflete não apenas nosso compromisso com a inovação tecnológica, mas também a compreensão profunda da importância dessa medida em um cenário onde o consumo de dados está em constante crescimento no Brasil. Isso permitirá que as Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) ofereçam serviços de dados de qualidade semelhante ao 5G das grandes operadoras móveis, ampliando as escolhas para os consumidores brasileiros e, em regiões mais remotas, entregas as opções que melhores se encaixam na necessidade da população, com serviços de qualidade e incentivo à competitividade entre as prestadoras”, afirma Rodrigo Schuch, presidente da Associação NEO.

Saiba mais sobre Redes sem fio e móveis