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O que é democratização de dados e como ela pode beneficiar empresas
No webinar sobre gestão de dados corporativos, o executivo da Denodo explicou como a democratização de dados garante que todos os membros de uma companhia tenham acesso aos dados uma vez que as informações digitais estariam disponíveis.
A plataforma de gerenciamento de dados Denodo promoveu um webinar no último dia 3 de outubro, que teve como um de seus temas centrais a democratização do acesso aos dados no ambiente empresarial. O palestrante principal do evento foi Guilherme Duarte, líder técnico para a América Latina da Denodo.
Para iniciar a apresentação, Duarte ressaltou que esse assunto não é exclusivo às empresas que trabalham diretamente com tecnologia, devendo ser uma preocupação de todos os segmentos. "A grande maioria dos funcionários das organizações, em geral, são funcionários de dados, exceto em situações onde as pessoas fazem trabalhos puramente braçais. Praticamente todos os funcionários de organizações trabalham com dados e precisam deles para tomar suas decisões no dia a dia", destaca.
A premissa da democratização de dados é justamente garantir que todos os membros de uma companhia tenham acesso aos dados desta, sem que haja qualquer gargalo ou empecilho para tal. Também é importante que essas informações possam ser obtidas em tempo real. "O lema da ideia de democratização é: todas as pessoas, todos os dados, a todo momento", resume Duarte.
O cenário atual das empresas
Apesar da relevância dos dados no cotidiano das organizações, ainda é comum que empresas tenham dificuldades para analisá-los. É o que revela uma pesquisa da agência Millimetric.AI, de março de 2022. Para se ter uma noção, as empresas que participaram do levantamento relataram que 73% de seus dados nunca foram usados.
Além disso, concluiu-se que os funcionários de dados gastavam 44% do seu dia de trabalho em atividades de dados malsucedidas. Foi notada, ainda, uma perda de produtividade causada por analistas manuseando uma média de 4 a 7 ferramentas diferentes para suas tarefas.
"Um exemplo dessas atividades malsucedidas é quando um funcionário recebe os dados em um formato errado e passa horas tentando resolver o problema, tentando exportar o arquivo. Aí chega um momento em que ele desiste, abre um chamado e solicita ajuda técnica, para que alguém envie aquele dado efetivamente para ele. Um incidente desses reduz muito a produtividade", descreve o líder técnico da Denodo.
Em um cenário de democratização de dados, problemas como o descrito seriam evitados, uma vez que as informações digitais estariam disponíveis, de maneira fácil, para os usuários comuns (e não apenas técnicos) dos sistemas de informações. Em outras palavras, não existiriam restrições de acesso a dados importantes da empresa, eliminando gargalos que afetam a produtividade. Assim, qualquer funcionário poderia acessar os recursos de que necessitasse sem contar com um mediador.
Pontos a se considerar
Antes de iniciar o processo de democratização de dados, no entanto, as organizações devem tomar alguns cuidados. Primeiramente, é preciso compreender o ecossistema de dados em questão e os sistemas fragmentados que o compõem. Para projetar um ambiente de dados integrado que seja eficaz, as informações não podem estar restritas a equipes técnicas específicas.
O próximo passo é estudar e investir em ferramentas de integração e análise de dados que ofereçam a mesma usabilidade e desempenho para todos, desde desenvolvedores até o usuário final (este último com um conhecimento técnico mais limitado). Vale lembrar que democratizar dados vai além de tornar dados acessíveis para análise e geração de relatórios: também é necessário liberar os dados presos nos sistemas legados.
As etapas seguintes passam pela capacitação dos usuários, que devem ter a habilidade de acessar os dados e empregar análises e relatórios gerados a partir deles nas operações diárias da organização. Para além disso, os profissionais devem ser treinados com foco em segurança, governança e proteção das informações.