Nuvem híbrida: uma solução para a transformação digital das empresas

O que é a nuvem híbrida?

A nuvem híbrida consiste na integração entre uma nuvem privada, gerenciada internamente pela empresa, e uma ou mais nuvens públicas, providas por terceiros. Dessa forma, é possível usufruir dos benefícios de ambas as abordagens.

A nuvem privada permite às empresas manter o controle total sobre os dados e sistemas, com hardware dedicado dentro das próprias instalações. Isso traz segurança superior para informações confidenciais, além de atender a requisitos regulatórios em setores como serviços financeiros e saúde.

Já a nuvem pública provê recursos sob demanda, como servidores e armazenamento, por meio da internet. Os principais provedores globais como AWS, Azure e Google Cloud oferecem data centers mundo afora, permitindo escalar a infraestrutura conforme as necessidades da empresa. O pagamento é baseado no consumo efetivo, eliminando gastos excessivos.

Dessa forma, a nuvem híbrida integra o melhor dos dois modelos: segurança e controle com a nuvem privada, e escala e economia com a nuvem pública.

Principais vantagens da nuvem híbrida:

• Maior flexibilidade para escolher onde rodar cada aplicação, baseado em requisitos como segurança, escala e custo;
• Balanceamento de carga entre nuvens privada e pública conforme demanda;
• Continuidade do negócio e recuperação de desastres simplificada;
• Economia de custos em infraestrutura e licenças de software;
• Inovação acelerada com acesso a tecnologias de ponta dos provedores públicos.

A nuvem híbrida atende às principais prioridades do mercado brasileiro, como escalabilidade, agilidade, segurança e eficiência de custos, todas elas fundamentais para a aceleração da transformação digital.

A nuvem pública traz o dimensionamento ideal para aplicativos menos críticos e com uso sazonal, como e-commerce ou plataformas de eventos, por exemplo. Já sistemas core, como ERP e CRM, permanecem protegidos na privada.

Desafios da implementação no Brasil

Apesar das vantagens, a nuvem híbrida também apresenta desafios, que devem ser levados em conta pelas organizações.

• Complexidade de gerenciamento e integração entre ambientes distintos;
• Compatibilidade entre aplicações legadas e arquitetura de nuvem;
• Segurança da informação com fluxo de dados entre nuvens pública e privada;
• Atendimento aos requisitos regulatórios do Brasil para dados críticos.

O gerenciamento da nuvem híbrida requer expertise para integrar soluções de nuvens públicas e privadas, garantindo disponibilidade, performance e proteção dos dados. Também é necessário adaptar aplicações monolíticas para arquiteturas nativas de nuvem.

Outro ponto crítico é garantir a conformidade com leis brasileiras, como a LGPD, ao trafegar dados entre as nuvens. Técnicas como criptografia e controle de acesso são essenciais, e uma consultoria regulatória pode ajudar a mapear fluxos de dados e riscos.

Para superar todos esses obstáculos, portanto, é essencial contar com parceiros especializados e soluções de gerenciamento da nuvem híbrida, que facilitam e automatizam esse processo.

Tendências e previsões para a nuvem híbrida no Brasil

De acordo com um estudo da IBM, o mercado brasileiro de nuvem híbrida está crescendo rápidamente e deve atingir um valor considerável até 2025. Essa expansão será impulsionada por fatores como:

• Novos data centers sendo lançados em 2024, aumentando as opções de infraestrutura híbrida;
• Adoção de IA e computação de alto desempenho para aprimorar o gerenciamento integrado;
• Maior demanda por backup inteligente e proteção contra vazamentos;
• Expansão do uso de nuvem híbrida para mais de 50% das iniciativas empresariais.

O lançamento de novos data centers no Brasil, como o previsto pela Oracle em São Paulo, amplia as possibilidades de arquitetura híbrida com nuvem privada on-premises e recursos públicos no país.

Além disso, tecnologias como inteligência artificial facilitam o gerenciamento unificado de ambientes de nuvem híbrida, com automação de tarefas complexas. O aprendizado de máquina pode também ser aplicado na detecção de ameaças e proteção contra vazamentos.

Outra tendência é o crescimento da nuvem híbrida gerenciada, na qual um provedor administra toda a infraestrutura, reduzindo a complexidade para o cliente. Em 2024, espera-se maior procura por esse modelo.

Casos de sucesso no Brasil

Alguns casos ilustram a adoção bem-sucedida de nuvem híbrida por empresas brasileiras:

O Grupo Globo passou por uma grande transformação digital, transferindo seus serviços de mídia para a nuvem. Adotou uma abordagem híbrida, mantendo sistemas críticos na privada e usando provedores públicos para escalar serviços de streaming.

Já a Ambev utiliza computação de borda e IoT em suas fábricas, com os dados sendo processados em nuvem pública. Mas informações confidenciais permanecem na nuvem privada, garantindo segurança e conformidade.

Esses casos destacam os ganhos em escala, flexibilidade e segurança proporcionados pela nuvem híbrida, validando sua relevância para a transformação digital.

Incentivando o crescimento

A nuvem híbrida se consolidou como modelo estratégico para a inovação e a transformação digital das empresas brasileiras, combinando o melhor das nuvens pública e privada.

Essa abordagem personalizada está alinhada às demandas do mercado nacional e, contando com parceiros especializados, é possível superar os desafios de implementação e gerenciamento, usufruindo das vantagens como escalabilidade, segurança e eficiência.

Conforme as projeções, a nuvem híbrida deve crescer exponencialmente no Brasil até 2025, impulsionada por novas tecnologias e pela necessidade de infraestrutura ágil e flexível para a era digital. Portanto, trata-se de uma tendência irreversível para empresas de vários setores que buscam inovar e se adaptar às mudanças digitais.

Com sua capacidade de unir o melhor da computação em nuvem privada e pública, fornecendo soluções sob medida para diferentes requisitos, a nuvem híbrida tem um futuro promissor no país. Cabe às organizações brasileiras estudar essa abordagem e planejar sua adoção de forma estratégica, contando com apoio de parceiros especializados.