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Ligeira disparidade de gênero no acesso às TIC e tecnologias móveis
No México, a brecha digital de gênero é mais aguda no uso de aplicativos digitais, computadores e empregos. Em particular, a participação feminina no setor de telecomunicações permaneceu em torno de 31% nos últimos nove anos, alerta a 5G Americas.
No México, os dispositivos e redes de telecomunicações móveis contribuíram para aumentar o acesso às tecnologias de informação e comunicação (TIC) para a população em geral, mas as lacunas de gênero e geografia digital persistem, juntamente com uma baixa participação das mulheres nos empregos do setor de telecomunicações, observou a 5G Americas.
Segundo estatísticas com recorte de gênero, compiladas no Banco de Informação de Telecomunicações pelo Instituto Federal de Telecomunicações (IFT) do México, em 2019 a lacuna de acesso mais acentuada foi observada no uso de equipamentos de informática entre homens e mulheres das áreas urbanas. No segmento urbano, mais de 50% da população masculina relatou usar algum tipo de computador, enquanto na população feminina essa proporção era inferior a 50%. Nas áreas rurais, a penetração de computadores teve o mesmo nível entre mulheres e homens, mas o alcance desses dispositivos era inferior a 25% de cada grupo populacional.
As proporções de acesso relatado a dispositivos móveis entre mulheres e homens são semelhantes, embora tenham uma penetração geral maior nas áreas urbanas. Nas populações rurais, a proporção de usuários que usam o smartphone como meio de acesso à internet é de cerca de 45% entre mulheres e homens, enquanto nas áreas urbanas essa proporção é ligeiramente superior a 70% em ambos os grupos.
Na utilização de redes, as estatísticas com perspectiva de gênero compiladas pelo IFT mostram que, de um modo geral, existe paridade na utilização de redes Wi-Fi e de banda larga móvel. Nas áreas rurais, a banda larga móvel tem uma penetração maior do que o Wi-Fi em geral.
No caso dos aplicativos, os números revelam diferenças menores na utilização de redes sociais e aplicações de comunicações over-the-top (OTT) entre mulheres e homens das zonas rurais e urbanas. No entanto, nas compras pela internet e no consumo de conteúdos audiovisuais gratuitos existe uma lacuna mais acentuada, com uma maior frequência de usuários do sexo masculino.
Os dados de emprego do IFT no setor de telecomunicações mostram que, em quase uma década (de janeiro de 2011 a janeiro de 2020), a participação média das mulheres no segmento de telecomunicações manteve-se em 31%, sendo dezembro de 2011 o período em que se atingiu o maior nível de participação, com aproximadamente 41%.
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