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Fortalecendo a segurança digital e a visibilidade de rede na América Latina

A rápida adoção de tecnologias como 5G, IoT e nuvem híbrida na América Latina impulsiona a busca por soluções de visibilidade e segurança, abrindo portas para empresas como a NETSCOUT expandirem suas operações na região.

Nos últimos anos, a América Latina passou por uma transformação digital acelerada, impulsionada pela adoção de tecnologias inovadoras como 5G, nuvem híbrida, internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA). Essas tecnologias têm remodelado o cenário corporativo da região, oferecendo novas oportunidades, mas também apresentando desafios significativos. A segurança cibernética e a visibilidade da infraestrutura de TI tornaram-se questões críticas, especialmente em um ambiente onde as empresas precisam se proteger contra ataques cada vez mais sofisticados e garantir a continuidade dos serviços em um mercado competitivo.

Neste contexto, a NETSCOUT se destaca como uma empresa globalmente reconhecida por suas soluções de monitoramento de rede e segurança, e oferece uma visibilidade completa do tráfego de rede e do desempenho dos serviços digitais.

Na América Latina e, particularmente, no Brasil, a demanda por essas soluções está em alta, impulsionada pela migração para ambientes multi-cloud, a crescente necessidade de proteger infraestruturas contra ataques de negação de serviço (DDoS) e pela busca por assegurar o desempenho otimizado das redes 5G. Com mais de três décadas de atuação no mercado global, a NETSCOUT vem expandindo suas parcerias estratégicas na região, adaptando suas soluções para enfrentar as particularidades e complexidades do mercado latino-americano, que está em franco desenvolvimento, mas ainda enfrenta desafios locais únicos.

O aumento expressivo do trabalho remoto, somado à rápida adoção de novas tecnologias, reforça a necessidade de soluções que proporcionem visibilidade total e a capacidade de monitorar tanto a performance quanto a segurança das redes em tempo real. Para enfrentar esses desafios, a NETSCOUT tem investido na capacitação de seus parceiros locais. Esse investimento vai além da simples certificação técnica, estendendo-se ao suporte para o desenvolvimento de estratégias de negócios e de canais de distribuição, assegurando que as soluções oferecidas pela empresa atendam às necessidades específicas de cada mercado da região.

Nesta entrevista, Geraldo Guazzelli, Diretor-Geral da NETSCOUT no Brasil, fala um pouco sobre a importância das soluções desenvolvidas pela empresa para enfrentar os desafios atuais e futuros do mercado.

Considerando o foco da NETSCOUT em visibilidade de rede e segurança digital, como vocês planejam adaptar a estratégia de canais para atender às demandas específicas do mercado latino-americano?

Geraldo Guazzelli: Parcerias como a da NETSCOUT investem muito no desenvolvimento dos integradores, começando por uma certificação técnica de todas as equipes, sejam elas de pré ou pós-vendas, e estendendo aos times comerciais e de desenvolvimento de negócios. Porém, este é o lado operacional pura e simplesmente, usualmente realizado por todos os vendors. Nossa função primordial é exatamente levar as necessidades dos parceiros para o Head Quarters e voltar a eles com um plano de canais “customizado” para cada região.

Nossa primeira missão é justamente entender a demanda do integrador e projetar um plano de acordo. Não impomos nossa visão, ao contrário, criamos condições mútuas de desenvolver o negócio baseado nos objetivos dos canais e da NETSCOUT.

Desta forma, trazemos algumas ações específicas de marketing e business development adequadas a cada modelo de atuação. Agregamos incentivos e principalmente capacitação para as equipes comerciais compreenderem a demanda do usuário final e como podemos contribuir. Isto leva muito mais em consideração como o usuário final irá agregar receita ao seu negócio, assim como evitar interrupções de serviço e até mesmo ataques, invasões, encriptação de serviços/aplicações/servidores, com consequentes danos de credibilidade, imagem e pagamento de resgates.

A NETSCOUT é reconhecida por suas soluções de monitoramento de rede e segurança. Como você pretende posicionar essas ofertas no mercado brasileiro, que enfrenta desafios únicos em infraestrutura digital?

Guazzelli: A infraestrutura é necessária para colocar os serviços em marcha, porém, sem visibilidade e segurança, eles não se mantêm. Nosso propósito está em prover soluções que agreguem valor e até mesmo receita aos usuários. Isto podemos comprovar na prática. Quando a equipe técnica leva o projeto ao CFO, usualmente a última instância de aprovação da solução, segue junto um estudo de crescimento de maturidade, bem como possíveis resultados com impacto positivo na receita e até redução de despesas e riscos da empresa.

Com a crescente adoção do 5G na região, como a NETSCOUT está se preparando para auxiliar operadoras e empresas a garantir o desempenho e a segurança dessas novas redes?

Guazzelli: A NETSCOUT apresenta atualmente uma solução única para monitoramento, visibilidade e segurança completa. Onde entram diversos vendors de diferentes tecnologias, um quebra-cabeças literal para as equipes técnicas com minimamente 4 ou 5 vendors distintos, nós entregamos desde a captura de pacotes até as aplicações mais sofisticadas que fornecem distribuição inteligente dos pacotes para outras soluções, KPIs de desempenho e segurança, DPI, análise forense, identificação de ameaças e invasões, bloqueio de ataques e extração de dados, entre outras.

O 5G representa apenas uma evolução importante no acesso, porém com uma característica fundamental: junto com ele vem uma imensidão de novos serviços associados e natural crescimento de uso. Isto abre portas também para hacktivismo mais elaborado e cada vez mais presente. Nossas soluções cobrem totalmente este espectro adicional de serviços e possibilidades.

As soluções de DDoS da NETSCOUT são reconhecidas globalmente. Quais são suas estratégias para expandir a presença dessas soluções no mercado de segurança cibernética da América Latina?

Guazzelli: Inicialmente oferecemos qualquer modelo de negócio necessário ao usuário, seja ele com licença perpétua ou subscrição. Nosso modelo não se baseia por volume de tráfego, que sempre traz surpresas negativas para as empresas (nunca sabem o “valor da conta”!). Além disto, todo o portfolio NETSCOUT está disponível em software, ou seja, permite flexibilidade total aos clientes para definir hardware próprio, certificado ou de mercado. A abrangência neste caso se torna quase sem limites, pois o usuário pode inclusive rodar nossas soluções em cloud ou data center utilizando sua base de servidores ou capacidade contratada.

A visibilidade de aplicações em nuvem é crucial atualmente. Como a NETSCOUT está colaborando com parceiros para oferecer soluções de monitoramento em ambientes multi-cloud?

Guazzelli: Basicamente isto já é característica das nossas soluções. O desafio, por sinal muito bom, é qualificar os parceiros para serem provedores da solução com NOC e SOC, um serviço de valor agregado fundamental para o crescimento da maturidade do mercado e do negócio dos próprios canais.

Considerando as soluções de inteligência de ameaças da NETSCOUT, como o ATLAS, que estratégias você tem em mente para aumentar a adoção dessas tecnologias entre as empresas latino-americanas?

Guazzelli: Trazer as empresas que estão dispostas como contribuintes espontâneos do ATLAS e do nosso fórum na América Latina. Já temos nosso ENGAGE global, realizado uma vez ao ano, em outubro, e, a partir de 2025, levaremos o mesmo evento para ENGAGEs regionais. O Brasil será sede de um deles.

A NETSCOUT possui uma forte presença no setor de telecomunicações. Como você pretende fortalecer parcerias com operadoras na região para impulsionar a transformação digital?

Guazzelli: Sem dúvida alguma e esta é a forma de “democratizar” os serviços. Já temos parcerias construídas com Claro/Embratel e Vivo/Telefonica, e seguimos trabalhando com vários outros Service Providers.

A NETSCOUT oferece soluções para setores específicos, como saúde e finanças. Como você planeja adaptar essas ofertas verticais para o mercado latino-americano?

Guazzelli: O mercado financeiro já é bastante forte no emprego destas soluções. Atualmente estamos reforçando nossa atuação através de integradores focados em segmentos, tais como health, utilities, manufacturing, mining e transporte/logística.

Considerando as capacidades de análise de big data da NETSCOUT, como você vê o potencial de parcerias com empresas focadas em inteligência artificial e machine learning na região?

Guazzelli: Bom, todo mundo adora mencionar estes jargões bonitos e modernos! No nosso caso isso é uma realidade já. Desenvolvemos um protocolo chamado ASI (Adaptative Service Inteligence), que através de ML e AI permite entregar pacotes formatados e condensados não apenas para nossas aplicações, como também para qualquer outra solução de monitoramento ou segurança que o usuário possa ter. Alimentamos outras aplicações também baseadas em AI com dados preparados e adequados ao processamento específico delas.

Como a NETSCOUT planeja apoiar seus parceiros na região para que possam oferecer serviços gerenciados baseados em suas soluções de monitoramento e segurança?

Guazzelli: Temos um plano de crescer as parcerias de forma controlada e focada com Service Providers e Integradores. Vamos construir o modelo técnico e também o modelo comercial com estes parceiros, de forma a prover um Business Case primeiramente válido e sustentável.

As soluções de gerenciamento de desempenho de aplicações da NETSCOUT são cruciais para muitas empresas. Como você pretende expandir essa oferta através de parcerias na América Latina?

Guazzelli: Com o desenvolvimento de Service Providers e Integradores, os quais proveem NOC e SOC como serviços. Este modelo incorpora tudo que se imagina, desde a capacidade de processamentos (HW), soluções (SW), manutenção, operação e disaster recovery, quando for o caso, para qualquer tipo de empresa, seja ela grande ou pequena.

A NETSCOUT tem investido em soluções para edge computing. Como você avalia o potencial desse mercado na região e quais são seus planos para desenvolvê-lo?

Guazzelli: Edge Computing está em franca expansão e faz parte do modelo atual. Nossas soluções, além de prover e garantir serviço e segurança, também colaboram com o emprego cada vez menor de hardware. Sabemos que energia elétrica será o maior desafio nos próximos anos para a expansão da internet, AI e seus serviços. Reduzir consumo de hardware significa muito e agrega redução de custos gerais também.

As soluções de teste e monitoramento de voz e vídeo da NETSCOUT são importantes para muitas empresas. Quais são suas estratégias para aumentar a adoção dessas soluções na região?

Guazzelli: Qualquer tipo ou protocolo de voz (VoIP, LTE, etc.) ou qualquer tipo de solução de colaboração (collaboration como Teams, Webex, Google Meets, Zoom, etc.) pode ser monitorada pela NETSCOUT. Trata-se de um mercado em crescimento exponencial de utilização e maturidade. Recentemente um evento através do qual o CEO da empresa fazia sua apresentação para todo o staff ficou sem serviço de repente e sem aviso. Imagina o impacto disto.

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