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Empresas estrangeiras estão ajustando operações no Brasil
Em decorrência do momento econômico, companhias de todos os portes estão adequando seus recursos humanos e operacionais, mas continuam considerando o país estratégico para ampliar seus negócios, segundo a Pryor Global.
O cenário econômico global está complicado, afetado por uma crise logística gerada pela pandemia, pela guerra na Ucrânia e pela alta dos juros, que resulta em baixa liquidez e menor expectativa de crescimento entre as nações.
“O Brasil tem sofrido a influência destes acontecimentos e está em um momento político de definição, o que traz uma certa insegurança e torna ainda mais importante ter um bom controle de todos os custos operacionais e buscar maior produtividade e assertividade nas decisões”, acredita Eduardo Todeschini, CEO da Pryor Global.
Pryor é a representante legal de mais de 1.500 companhias internacionais com operações no Brasil. “Temos observado o comportamento das empresas e investidores estrangeiros e realmente há uma maior preocupação com a viabilidade do negócio a longo prazo, que tem exigido uma avaliação mais estratégica dos recursos necessários para operar e requerido redução de custos”, diz Todeschini.
Segundo ele, as organizações estrangeiras continuam vendo o grande potencial do Brasil para geração de negócios, afinal o país tem um dos maiores mercados consumidores do mundo, sua população é ávida por tecnologia e usuária em larga escala de novos aplicativos, além do país contar com um bom ecossistema de inovação e diversidade para crescimento de oferta de soluções nos mais variados setores.
“Os investidores só estão planejando mais antes de abrir novas empresas no território brasileiro e avaliando melhor o real potencial delas, em especial das startups, em relação à qualidade de gestão operacional, administrativa e financeira, para colocar seu capital. Esse é um posicionamento mais adequado e promissor, pois os negócios que se mostrarem realmente viáveis e com bom potencial de crescimento vão ter o capital necessário para isto”, avalia o CEO da Pryor Global.
O foco agora são empresas com modelos mais orgânicos e sustentáveis de crescimento, que tenham políticas sérias de ESG (governança, preservação do meio ambiente e de bem-estar social). “Para isto, nosso país precisa fazer sua lição de casa, investindo em educação e capacitação profissional para termos talentos prontos a responder as demandas geradas pelo crescimento. Isso porque uma coisa é certa, o olhar do investidor continuará atento a gestão das empresas como um todo, ao controle de custos e busca por resultados efetivos em termos comerciais e financeiros”, conclui Todeschini.