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Empresas brasileiras optam por gerenciar seus data centers diretamente na nuvem
Cada vez mais os fornecedores brasileiros de tecnologia se posicionam como líderes no mercado de gerenciamento de soluções de data center, competindo ao lado de corporações com presença global.
Hoje, a maioria das empresas reconhece que a evolução da nuvem trouxe muitos benefícios. Por isso, passaram a buscar soluções que ofereçam maior eficiência nos processos de inovação e transformação digital, com o objetivo de aumentar o potencial das equipes e, consequentemente, o sucesso do negócio.
De acordo com a Forrester, em 2020, a computação em nuvem movimentará cerca de US $241 milhões em todo o mundo. Um estudo realizado este ano pela Citrix, em parceria com a Economist Intelligent Unit (EIU), reuniu informações sobre os investimentos de empresas latino-americanas para melhorar a experiência dos funcionários. Dos executivos entrevistados, 40% afirmam que o principal motivo desse investimento é o comprometimento e a produtividade e 36% a satisfação do cliente.
Esses dados explicam o aumento significativo da busca por novas tecnologias por parte das empresas. Entre os mais solicitados no mercado estão aqueles relacionados ao gerenciamento de data center, bem como a rede definida por software (SDN), que surgiu como um substituto direto do roteamento multiprotocolo (MPLS), desenvolvido para permitir o isolamento do tráfego de clientes em redes privadas virtuais (VPNs).
A Rede de Longa Distância Definida por Software (SD-WAN) surgiu para atender não apenas à necessidade de simplificar o gerenciamento da rede de longa distância (WAN), aumentar o desempenho do aplicativo e a conectividade entre filiais, mas também como uma alternativa mais segura e lucrativa para esse tipo de operação, com a vantagem competitiva esmagadora de ser baseado em nuvem.
Rumo a um melhor gerenciamento de DCIM
DCIM (Data Center Infrastructure Management), ou gerenciamento de infraestrutura de data center, foi originalmente implementado como um sistema de software local, projetado para coletar e monitorar informações de infraestrutura em um único data center.
Embora os aplicativos de gerenciamento baseados em nuvem recentes sejam implantados diretamente na nuvem, eles permitem que o usuário colete grandes volumes de dados de uma gama mais ampla de produtos habilitados, incluindo a Internet das Coisas (IoT). Além disso, o mesmo software pode ser usado em um grande número de data centers, grandes ou pequenos, implantados em milhares de locais geograficamente dispersos
Este novo software, descrito pela Schneider Electric como software de gerenciamento de data center "as a service", usa análise de big data para permitir que os usuários tomem decisões mais informadas e baseadas em dados, mitigando eventos não programados ou tempo de inatividade, muito mais rápido do que as soluções tradicionais de DCIM. Por ser baseado na nuvem, o software aproveita repositórios de dados ou "data lakes", que armazenam as informações coletadas para futuras análises de tendências, ajudando a planejar operações em um nível mais estratégico.
Os sistemas baseados em nuvem simplificam a tarefa de implantar novos equipamentos ou atualizar as instalações existentes. Isso inclui atualizações de software para data centers em diferentes regiões.
Um mundo híbrido
A TGT Consult —consultora de gestão de TI e parceira do ISG (Information Services Group) nos relatórios ISG Provider Lens para o Brasil e América Latina— publicou os resultados da segunda edição da única pesquisa anual que detalha e compara os serviços híbridos de computação em nuvem prestados no Brasil por provedores globais e nacionais.
Desenvolvido pela empresa global de pesquisa e consultoria ISG, o relatório ISG Private/Hybrid Cloud - Data Center Services & Solutions - Brasil 2019, da série ISG Provider Lens, cobre seis quadrantes este ano: Serviços gerenciados para grandes contas, serviços gerenciados para médias empresas de porte (Midmarket), Managed Hosting (Management Hosting), Containers como serviço, Segurança e Colocação.
No quadrante de serviços gerenciados para grandes contas, por exemplo, existem 21 empresas. Nove deles estão no quadrante de líderes e outros 12 nos de desafiadores ou contendores (Desafiadores de Produto, Desafiadores de Mercado e Contendores), de acordo com sua estrutura e características de atuação no mercado brasileiro.
No segmento de serviços gerenciados para o middle market, 18 empresas foram consideradas as mais relevantes do mercado, das quais sete foram classificadas como líderes. Em relação à hospedagem gerenciada, o estudo indica quatro empresas como líderes de um total de 10 respondentes.
Na categoria de serviços gerenciados de segurança, há quatro líderes entre 12 empresas. Nos serviços de colocação, três líderes em cada 10 participantes. E, por fim, na categoria de contêineres gerenciados como serviço (CaaS), categoria mais recente da pesquisa, o estudo abrangeu 11 fornecedores, dos quais três foram considerados líderes.
A pesquisa aponta os pontos fortes dos fornecedores brasileiros e globais e seus diferenciais competitivos no país. Esses resultados e classificações ajudam os executivos de tecnologia e negócios de empresas brasileiras a decidir entre um provedor brasileiro e um global com base em suas competências no país.
Além do relatório para o mercado brasileiro, o estudo ISG Lens Private/Hybrid Cloud - Datacenter Services & Solutions do provedor ISG produziu relatórios semelhantes para quatro outros mercados: EUA, Alemanha, Reino Unido, países nórdicos e uma versão global.
Os dados coletados também deixam claro que, entre as grandes corporações, a solução para seus enormes volumes de dados tem sido a migração para os serviços em nuvem. “O que nos motivou na associação com o ISG foi a abrangência e o foco do estudo no mercado brasileiro. Dessa forma, pudemos entender a evolução das empresas no Brasil em relação a outros países e assim contribuir para o desenvolvimento de um local estratégia. oferecer serviços e soluções na nuvem”, afirma Maurício Ohtani, sócio da TGT Consult.
Há uma grande migração de data centers tradicionais para nuvem privada ou data centers híbridos. Isso é confirmado pelo fato de que a maioria das grandes empresas já possui pelo menos dois desses prestadores de serviço, de acordo com a pesquisa Provider Lens.
Dessa forma, eles podem distribuir a carga de trabalho entre os data centers tradicionais e o modelo de nuvem.
Outro ponto relevante da pesquisa é a tendência de implantação e gerenciamento de contêineres como serviços, solução para demandas reduzidas ou temporárias que vem ganhando mercado.
O estudo também mostra que mesmo as grandes e tradicionais instituições bancárias brasileiras estão migrando dados para serviços em nuvem híbrida: os bancos ainda usam mainframes para hospedar dados financeiros, mas é uma opção que deve mudar nos próximos anos.
O relatório nomeia Uol Diveo como líder em todos os seis quadrantes e a IBM como líder em cinco. Equinix, Tivit e Unisys são nomeados líderes em três quadrantes, enquanto Dedalus Prime é líder em dois. Ascenty, Atos, Capgemini, CenturyLink, DXC, ISH Technology, Locaweb Corp. e Cluster2GO, TCS e T-Systems são líderes em um quadrante.
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