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Crise e inflação geram atraso nas mudanças de aparelho celular

A base nacional de smartphones envelheceu, segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box. Em média, o brasileiro possui o seu aparelho atual há dois anos e nove meses.

As condições econômicas da população, crise econômica e a inflação provavelmente fizeram com que o brasileiro adiasse um pouco mais a compra de um aparelho celular novo, fazendo com que ele fique com o seu smartphone por mais tempo. Atualmente, o usuário possui o seu dispositivo atual há dois anos e nove meses.  A constatação é da nova pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box  – “O brasileiro e seu smartphone. Na pesquisa anterior, realizada um ano atrás, o tempo médio era de dois anos e três meses.

Paralelamente, a diferença na média de idade do sistema operacional entre os usuários aumentou ainda mais. Os smartphones equipados com Android, em geral, são mais jovens: seus donos estão com esses aparelhos há dois anos e sete meses, em média –na edição anterior estavam há dois anos e dois meses. Os iPhones, por sua vez, estão nas mãos dos seus donos há três anos e quatro meses, em média –um aumento de nove meses na comparação com a edição anterior da pesquisa.

A maior média de idade do iPhone pode ser atribuída à sua maior durabilidade, o que também explica sua maior proporção na venda de usados: 14% dos que compraram o aparelho desta marca optaram por um modelo usado, ante 8% daqueles que compraram Android. Também houve um aumento de sete pontos percentuais no market share da Apple, que agora responde por 20% dos smartphones  em atividade no Brasil.

Analisando-se os resultados da pesquisa TIC Domicílios 2021, é possível estimar que a base de usuários de smartphone no Brasil seja da ordem de 130 milhões de pessoas. Cruzando com os dados deste relatório Panorama Mobile Time/Opinion Box, são 103 milhões de usuários com aparelhos Android, 26 milhões com iOS, e 1 milhão com OS desconhecido.

Outras descobertas da pesquisa

- 30% dos smartphones no Brasil estão com a tela arranhada - Os smartphones nas mãos dos jovens de 16 a 29 anos são aqueles que mais apresentam rachaduras no visor (35%). A incidência também é maior entre os consumidores das classes C, D e E (31%), o que pode ser explicado pelo maior tempo de uso dos aparelhos antes da compra de um modelo novo. Outra descoberta é que grande maioria possui capa e película protetora: 92% dos brasileiros com smartphone.

- Apenas 11% têm seguro contra roubo de celular - Embora o roubo de celular seja um problema que aflige os brasileiros nas grandes cidades, apenas 11% dos donos de smartphone protegem seu aparelho com um seguro contra roubo ou furto. A maior proporção é verificada entre os jovens de 16 a 29 anos: 15% têm esse seguro para seu smartphone. No grupo de 30 a 49 anos, somente 7% têm seguro e, na faixa acima de 50 anos, 9%. Por outro lado, 45% dos brasileiros com smartphone usam algum aplicativo de rastreamento do aparelho em caso de perda ou roubo.

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