iStock

Aumento das vendas online pelo Dia das Mães pode elevar o número de fraudes no e-Commerce

Falhas nas análises de dados, revisões manuais ou sistemas legados prejudicam o crescimento do varejo online, principalmente em oportunidades de vendas. Por isso, a tecnologia de proteção antifraudes é investimento e não custo.

Com a enorme movimentação econômica esperada para o dia das mães, próximo 12 de maio, o e-Commerce deve estar atento para o alerta de aumento de fraudes. De acordo com a Signifyd –empresa global de proteção anti fraudes para o varejo online– as fraudes online reduzem a receita do comércio eletrônico. Arcar com o custo dos chargebacks, perda de produtos e de vendas por medo da fraude são alguns fatores mais impactantes –e que aumentam conforme há maior número de transações.

No ano passado, o mês de maio foi um dos meses com maior pressão de fraude para o e-Commerce brasileiro e registrou 28% mais tentativas de fraude que o mês anterior (abril de 2023) e 44% mais tentativas se comparado com maio de 2022, de acordo com a Signifyd.

Para 2024, estudos já apontam que o Dia das Mães só perde na corrida das vendas para o Natal, e os brasileiros consideram mexer no bolso este ano. O gasto médio será 45% maior na comparação com o mesmo período de 2023 e as compras online estão no radar de 77% dos consumidores, segundo pesquisa da Méliuz.

"A prevenção contra fraudes não deve ser considerada um gasto operativo, mas sim um investimento para melhorar a rentabilidade dos comércios eletrônicos. Falhas nas análises de dados, revisões manuais ou sistemas legados prejudicam o crescimento do varejo online, principalmente em oportunidades de vendas como o Dia das mães", explica Gabriel Vecchia, diretor sênior de Vendas da Signifyd no Brasil.
A pesquisa "O futuro do e-commerce na América Latina", desenvolvida pela Signifyd e Adobe, entrevistou 400 líderes do e-commerce brasileiro e revelou 3 descobertas que podem ajudar os varejistas em datas sazonais como o Dia das Mães.

Medo de fraudes gera recusas e perdas desnecessárias. De acordo com a pesquisa, 94% dos líderes do e-commerce nacional consideram importante reduzir erros que levam à recusa dos pedidos. A maioria dos motivos apontados para a rejeição de transações está relacionada ao medo das fraudes: pré-autorização bancária negada (50%); falta de informações e incapacidade de identificar o usuário (36%); endereço de cobrança e entrega incompatíveis (28%); a legitimidade do pedido não poder ser confirmada (25%), muitos pedidos feitos com muitos cartões de crédito (16%).

Automatizar para vender mais e com segurança. Demorar para confirmar pedidos devido a análises manuais de prevenção contra fraudes e as falhas ao confirmar a identificação do usuário foram apontados pelos e-commerces como os principais motivos pelos quais seus pedidos estavam sendo bloqueados e os carrinhos abandonados, com 22%, cada. Entre uma grande lista de frustrações do comprador, também foram citadas: muitos formulários para preencher (14%) e múltiplos fatores de autenticação (11%).

"Muitos desses atritos são gerados na tentativa de garantir a proteção do e-commerce. Mas quando o consumidor atual, já acostumado à rapidez e às compras com um clique, é conduzido à autenticação de identidade em múltiplas etapas e processos demorados, pode se sentir frustrado e desistir da compra, o que resulta em uma limitação do crescimento dos negócios. Caso seu pedido seja negado erroneamente, a loja não só perde a venda como também pode perder esse cliente. A automação agiliza essa etapa e reduz a margem de erros", observa Gabriel Vecchia.

Prevenção contra fraudes é critério imperativo. As marcas têm observado a importância em investimentos significativos do seu orçamento em soluções antifraudes. Em 2022, a maioria (54%) direcionou 20% do orçamento para essas tecnologias e somente 5% destinaram mais de 50%. Em 2023, já se notava uma mudança: 44% delas estimaram terem dedicado até 20% do orçamento para esses recursos, enquanto 8% afirmaram destinar 50% de seus investimentos em soluções de combate às transações fraudulentas.

Segundo a Vecchia, o comércio eletrônico deve usar a tecnologia e a inteligência artificial ao seu favor. Manter os processos manuais de revisão de pedidos, incluindo contatos telefônicos para confirmação de autenticidade, por exemplo, é mais um fator que, além de gerar mais custos operacionais, impacta negativamente a experiência de compra. "Isso atrasa a etapa de confirmação da compra e o fulfillment. Todos esses atritos são facilmente evitáveis com uma ferramenta antifraude inteligente e automatizada, baseada em uma ampla rede de dados".

Saiba mais sobre Varejo, logística e comércio eletrônico