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67% das empresas de telecomunicações adotarão IA para otimizar sua eficiência interna

Os dados levantados pelo Informe Ascendant de Maturidade Digital da Minsait revelam que o setor conta com uma maturidade de nível médio-alto quando o assunto é a utilização da inteligência artificial e que esse recurso tem sido empregado como um ativo estratégico para seus negócios.

O atual contexto do setor telecomunicações tem exigido que as organizações aprimorem seus expedientes internos e a gestão de seus ativos, tendo a inteligência artificial (IA) como uma ferramenta essencial para o bom andamento desse processo.

De acordo com o Informe Ascendant de Maturidade Digital 2024, produzido pela Minsait, empresa de transformação digital e TI do Indra Group, a otimização da eficiência interna é a principal motivação, apontada por 67% das companhias do ramo, quando o assunto é a integração da IA às suas operações. Em segundo lugar, aparece a melhoria da experiência do cliente, com 47% das menções.

A mais recente edição do estudo, intitulada “IA: radiografia de uma evolução em curso”, analisou o contexto e o grau de adoção da inteligência artificial em mais de 900 empresas privadas e instituições públicas ao redor do mundo, vinculadas a 15 diferentes segmentos de mercado.

No caso do setor de telecomunicações, 73% das companhias ouvidas afirmaram estar concentrando seus esforços na área de marketing, mais especificamente na customização de conteúdo para campanhas. Ao analisar as preferências, comportamentos e necessidades dos consumidores com auxílio da IA, as organizações podem oferecer promoções personalizadas, além de prever e mitigar eventuais perdas de clientes.

Além disso, 67% das empresas disseram estar usando a inteligência artificial em operações de atendimento ao consumidor, como na melhoria de serviços de suporte ao cliente e em recursos de análise de sentimentos. Ainda nesse sentido, 40% das organizações respondentes afirmaram já utilizar IA na implementação de assistentes virtuais e chatbots, oferecendo ferramentas de atendimento mais eficientes e personalizadas aos seus usuários.

No âmbito técnico, 67% das companhias de telecomunicações declararam já ter empregado IA na gestão de suas redes. Graças a essa tecnologia, é possível projetar, planejar e otimizar o desempenho, a segurança e a confiabilidade das redes, detectando e solucionando problemas, além de antever e prevenir falhas, garantindo uma adaptação adequada à demanda.

O Informe Ascendant também revelou que, em 57% das empresas pesquisadas, a alta administração diz possuir uma visão clara a respeito da importância da inteligência artificial, já tendo incorporado essa tecnologia aos seus planos estratégicos. 85% das companhias ouvidas pela Minsait também afirmaram que contam com a expertise necessária para aderir à IA, ao passo que a totalidade delas relatou já poder contar com os recursos externos necessários para o desenvolvimento de seus cases.

Em suma, os dados levantados pelo relatório revelam que o setor de telecomunicações conta com uma maturidade de nível médio-alto quando o assunto é a utilização da inteligência artificial e que esse recurso tem sido empregado não apenas como uma tecnologia, mas como um ativo estratégico para seus negócios.

5G e IA serão cada vez mais atrativos

Diversos segmentos de mercado já têm experimentado utilizar a rede 5G combinada a outras tecnologias, como inteligência artificial, big data e internet das coisas (IoT). No setor de telecomunicações, a previsão é de que o 5G trará novas funcionalidades integradas a técnicas de IA, a fim de aprimorar a conectividade, reduzir a latência e favorecer a capacidade dos dispositivos.

De acordo com a diretora global de Telecomunicações e Mídia da Minsait, Elena Pablos, a previsão é de que, a curto e médio prazo, a integração entre as redes móveis terrestres (5G+) e as redes de satélite, bem como a expansão da banda larga para a maior parte da população global, se tornará uma realidade. E esse será um passo importante para a democratização de aplicativos e serviços baseados em inteligência artificial. “Muito em breve, surgirão casos de uso interessantes tanto para empresas quanto para o cidadão comum, permitindo implementação mais simples, rápidas e com custos reduzidos”, acrescenta Pablos.

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