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Low code: garantia de mercado futuro para o profissional o desenvolvedor

Nos últimos anos, este modelo vem sendo amplamente utilizado pelas startups, que necessitam desenvolver ou integrar novas aplicações no menor tempo possível, com equipe de desenvolvimento enxuta e maior velocidade no processo de entregas contínuas.

O low code já tem mais de 30 anos e antes era conhecido como RAD (Rapid Application Development), já possuía linguagem de metadados, usava complexidades encapsuladas e rotinas de usuários finais na camada de execução, que eliminava várias tarefas de programação. Tudo isso visando um desenvolvimento muito mais rápido, iterativo e incremental de aplicações em um ciclo de desenvolvimento extremamente curto, trazendo projetos de desenvolvimento de soluções de meses para semanas ou de semanas para dias.

No início dos anos 90 que precederam a interface gráfica do Windows, ainda em DOS, o low code já possuía um ambiente visual -arrasta e solta- para a criação de interfaces. O RAD se destacou no mercado por reduzir a escrita manual de códigos e foi muito utilizado para criar inúmeros sistemas ao redor do mundo. No Brasil, um exemplo vivo é o ERP CIGAM, que deixou as ferramentas baseadas em código (high code) nos anos 90, para ter atualmente um dos mais modernos sistemas de gestão empresarial e ser hoje um ERP Top 5 no mercado brasileiro, segundo pesquisa do portal ERP.

O termo low code passou a ser usado a partir de 2014 pelo Forrester Research, para designar este modelo de desenvolvimento de aplicações ao se referir às ferramentas baseadas em interfaces gráficas (Graphical User Interface ou GUI). Nos últimos anos, este modelo vem sendo amplamente utilizado pelas startups, que necessitam desenvolver ou integrar novas aplicações no menor tempo possível, com equipe de desenvolvimento enxuta e maior velocidade no processo de entregas contínuas, um conceito amplamente utilizado pelas novas metodologias Ágeis. Cada vez mais, as empresas migram para este ambiente de desenvolvimento, o que será benéfico para os profissionais que seguem esta tendência.

Para vender a ideia do low code, as desenvolvedoras destas ferramentas destacam a sua capacidade de redução dos custos envolvidos na entrega de aplicações, incluindo equipes menores de desenvolvedores para projetos de softwares, com tempo de aprendizado também menor. Isso pode assustar os profissionais envolvidos, porque pode parecer que as empresas não irão mais necessitar de seus serviços para criar sistemas. Isso não é verdade. Muito pelo contrário. O desenvolvedor low code passa a ser muito mais valorizado que um desenvolvedor high code, devido ao conhecimento de negócio que ele passa a obter em contraste com o perfil especialista em código apenas.

Assim como sempre ocorre em outras áreas onde a tecnologia avança, a preocupação com os postos de trabalho é legítima, mas, na verdade ocorre o mesmo aqui, o low code traz os desenvolvedores a posições mais qualificadas e que exigem menor esforço para executar suas tarefas.

É extremamente estressante para o desenvolvedor high code passar bom tempo de sua vida para resolver problemas relacionados a erros de código e bugs de sistemas quando poderia ter o low code como o seu principal aliado.

Assim como o low code é uma vantagem competitiva para as empresas, é também uma grande vantagem competitiva para o desenvolvedor, pois seu trabalho passa a ser mais previsível e isso traz um efeito positivo significativo em sua qualidade de vida tanto na área profissional quanto pessoal.

Entregas rápidas em tempos de crise

Para se ter um exemplo destas vantagem do low code para o profissional desenvolvedor, em uma situação onde a pandemia da Covid-19 levou muitas empresas a fecharem suas as portas para as compras presenciais e passaram a ter que vender online, foi difícil para muitas delas criar uma loja virtual, por exemplo, em poucos dias e não em meses. Afinal, as pessoas tinham que comprar sem sair de casa e as lojas que não possuíam um canal de vendas online –e isso envolve também ter sistemas para gerenciar a nova modalidade de negócio.

Usando a ferramenta low code, desenvolvedores autônomos conseguiram atender a este tipo de demanda a partir do uso de plataformas intuitivas e rápidas em muitos casos e porque estas ferramentas low code estão disseminadas e permitindo dar a resposta imediata às necessidades importantes pela pandemia, com a rapidez que o assunto merecia e precisava. Por trás deste resultado sempre esteve o desenvolvedor de sistemas, sem dúvida.

Os principais benefícios das plataformas low code

- Alta produtividade no desenvolvimento de soluções

- Menor curva de aprendizado, facilitando o aprendizado para novos desenvolvedores

- Desenvolvedores com mais foco no negócio

- Construção de soluções multiplataforma

- Tecnologia a prova de futuro devido a solução estar escrito em metadados

Como começar no low code?

Atualmente, devido à disseminação das plataformas low code, muitas opções estão sendo oferecidas, uma delas é a versão Magic xpa Single User Edition, destinada a quem deseja iniciar um novo negócio com a oferta de sistemas.

Esta ferramenta gratuita permite criar todos os tipos de aplicações de negócios e pode ser um sistema de gestão completo ou modular, aplicações especialistas para diversos tipos de atividades, incluindo CRM, gestão de finanças, estoque, logística, chão de fábrica, produção, entre outras. A partir de um único esforço, o profissional desenvolvedor não terá que criar uma versão do sistema para cada um dos sistemas operacionais existentes: a própria ferramenta possui módulos de execução da solução em múltiplas plataformas.

Sobre o autor: Rodney Repullo é CEO da Magic Software Brasil.

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