Adesão ao Data Fabric apresenta taxa de crescimento anual de 22%
Executivo da Denodo explica a importância de as organizações apostarem cada vez mais em tecnologias de virtualização de dados como estratégia, mercado que vai gerar cerca de R$ 34 bilhões ainda nessa década.
O mercado de soluções focadas na arquitetura de Data Fabric, conhecido por aqui como malha de dados, crescerá de R$ 8.09 bilhões para R$ 33.554 bilhões, na cotação atual, em 2029, apresentando uma taxa de 22,3% a cada ano. Este é o resultado do último estudo da Fortune Business Insights, que indica ainda que a América do Norte domina a participação nesse mercado com um considerável volume de negócios: o equivalente a R$ 2.274 bilhões em 2021, especialmente devido à presença de muitos fornecedores na região.
No Brasil, a tomada de decisões de diversas grandes empresas aponta que os caminhos da digitalização nos processos produtivos –e sua consequente geração de grande volume de dados– têm se apoiado nas definições de melhores estratégias, uma vez que a partir da leitura de metadados é possível entender a utilidade de cada dado dentro dessa cadeia.
Isso porque, na prática, existem dois métodos de integração em uma malha de dados: um que é físico, quando as informações são mantidas no ponto de destino para o qual são transferidos, e outro que se dá por meio do Data Fabric "lógico". Neste último, a integração ocorre por meio de uma camada de software, onde acontece uma integração lógica de dados, também conhecida por virtualização de dados. A redução de tempo chega a 65% em integração, 67% em gerenciamento e até 87% em entrega.
Normalmente, no mundo corporativo, os dados são díspares e residem em silos que precisam ser integrados para diferentes finalidades de negócios. E, por isso mesmo, a arquitetura Data Fabric Virtual torna a solução de integração e gerenciamento de dados mais conveniente e acessível para a tomada de decisões.
Quando se recorre a uma malha “lógica” de dados, os custos associados à movimentação e armazenamento de dados para atender a uma necessidade específica são significativamente reduzidos. Isso é possível, pois o acesso a todas as informações ocorre de forma virtualizada, a partir de um único ponto. Dessa forma, é possível obter uma visão centralizada dos dados da empresa para tomar as decisões de negócios corretas. Melhor ainda. O tempo de roll out da solução é muito menor. Ao invés de muitos meses, estamos falando de poucas semanas.
Mas não é só. O Logical Data Fabric também ajuda a governança, aumentando a segurança, uma vez que essa arquitetura prevê um único ponto de acesso e controle sobre tudo. A partir desse ponto, a empresa passa a saber exatamente quem acessa quais dados em um determinado período. O histórico de acessos é simples de ser obtido. Da mesma forma, essa arquitetura permite a entrega de informações em tempo real, para que, além de consolidar o histórico, os usuários também tenham acesso aos dados sempre atualizados. Essa forma de Data Fabric Lógico –baseada na virtualização de dados– estimula o conceito de propriedade e administração de informação, o que gera maior responsabilidade no que é acessado dentro da empresa.
Do ponto de vista tecnológico, é imperativo que as empresas tenham uma arquitetura de dados flexível que forneça uma visão consolidada de todos os dados de negócios por meio de uma camada lógica. Isso foi crucial especialmente durante a pandemia, quando muitas empresas perceberam que sua arquitetura de dados não era assim tão flexível quanto ela o seria, caso se desse via virtualização de dados.
Moral da história? Com um Data Fabric lógico, as organizações podem, enfim, ter uma abordagem mais rápida para consolidar seus dados, bem como suas entregas, permitindo que sejam mais autossuficientes. É o sonho de boa parte dos CIOs e CTOs.
Sobre o autor: Marco Wenna é diretor de Vendas da Denodo no Brasil.