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2023 é o ano para se adotar a resiliência digital
Ter sucesso na implantação desta estratégia significa criar vantagens econômicas frente aos concorrentes, assim como agilidade, capacidade de se posicionar e se adaptar às novas condições, além de identificar oportunidades em meio à turbulência.
Olhando para a área tecnológica digital em 2023, noto o quanto já avançamos e como são variados os desafios que devemos enfrentar. Para se manterem competitivas ou em operação, acredito que será um ano ideal para as empresas adotarem a chamada “resiliência digital”. Trata-se de um termo que remete à capacidade de se recuperar facilmente ou se adaptar às mudanças, tanto positivas como negativas.
Levando em conta fatores como investimentos necessários, flexibilidade para se ajustar aos novos fluxos de trabalho, exigências dos consumidores, concorrência e regulamentações, esta mentalidade faz muito sentido. Creio até que está no “DNA” dos brasileiros essa habilidade para sobreviver, lidar com as dificuldades e superar as barreiras que aparecem. Noto que é algo também inerente à boa parte das empresas.
Recentemente, a pandemia de Covid-19 impactou diversos mercados, gerou uma revolução em diversas áreas do trabalho, que vão desde a forma como lidamos com a tecnologia como o local onde trabalhamos. Em um conceito de resiliência digital, é preciso observar essas atribuições não só com uma percepção de novas exigências que se integram ao mundo do trabalho. Deve-se perceber que a tecnologia traz oportunidades e riscos por trás de termos como internet das coisas, big data, algoritmos, inteligência artificial, computação em nuvem, entre outros.
Competitividade e respostas rápidas em meio a eventos disruptivos
A transformação digital e a resiliência digital se tornaram a regra no planejamento de muitas empresas, que passaram a se preocupar com estratégias e processos para responderem rapidamente a eventos disruptivos, mantendo o foco na competitividade.
Ter sucesso na implantação desta estratégia significa criar vantagens econômicas frente aos concorrentes, assim como agilidade, capacidade de se posicionar e se adaptar às novas condições, além de identificar oportunidades em meio à turbulência. Vale lembrar que as decisões de negócios ficam mais estratégicas com o suporte das equipes de Tecnologia da Informação (TI).
Listo aqui alguns pontos importantes sobre as boas práticas de resiliência digital:
- Identifique o terreno. Faça análises dos riscos aos quais a empresa está exposta e como mitigá-los.
- Tenha uma visão ampla. Além dos aspectos internos, conheça a estrutura de parceiros e stakeholders para mitigar riscos.
- Simule cenários. A tecnologia pode ser uma grande aliada para elaborar estratégias de resposta.
- Alinhe esforços de resiliência digital às estratégias corporativas. Práticas de ESG (Meio Ambiente, Social e Governança), investimentos em tecnologia e outros cuidados podem ser integrados.
- Encare-a como uma jornada, um processo que provavelmente não vai ter fim. Portanto, é preciso desfrutá-la e tirar dela o melhor possível.
Sobre o autor: Walter Ezequiel Troncoso é sócio-fundador da Inove Solutions, startup especializada em transformação digital e cibersegurança por meio de soluções de alta tecnologia. Walter é Engenheiro de sistemas de informação, com formação pela Universidad Tecnológica Nacional (UTN), e Arquiteto em soluções SAP.