Empresa brasileira protege dados da omanis com soluções de inteligência artificial

A Orbital fechou acordo com Omã para a implementação de inteligiência artificial (IA) em sistemas governamentais e agora encara os desafios de compreender um mercado de mais de R$ 20 bi, e de implementar toda essa tecnologia para atender a população de um país inteiro. Em um projeto deste tamanho, um dos principais desafios é a unificação dos dados, que às vezes ficam separados em diversos setores dentro do governo.

Ao utilizar uma abordagem que preze pela segurança, a Orbital está mostrando como a inteligência artificial pode ser aplicada para transformar o setor público, ajudando a otimizar o atendimento à população ao mesmo tempo em que fortalece a privacidade e a integridade dos dados dos cidadãos.

“Juntar todos os dados de uma mesma pessoa ou família e montar o quebra-cabeça é complicado, porque o governo tende a manter dados pulverizados dentro dos sistemas, com cada segmento coletando apenas as informações que lhe cabe. Para criar uma integração total, temos que ir além, reconstruindo e ligando estes dados, montando um perfil único e completo dos cidadãos, o que é muito trabalhoso”, afirma o diretor de inovação da Orbital, Vini Luiz.

Outros pontos na implementação da IA chamam atenção como estrutura de servidores e pegada de carbono, custo de manutenção, capacitação de mão de obra e mudança de cultura, etc. Entretanto, nada é mais perigoso e desafiador como manter a segurança e a privacidade dos dados de toda a população do país, ou seja, mais de 6 milhões de omanis.

“Muitos podem pensar que, neste momento de transição, seus dados estarão vulneráveis, proporcionando acesso facilitado para hackers. É realmente desafiador garantir a segurança de tantas informações, é um banco de dados enorme que precisamos manter longe do acesso alheio. O nosso projeto prevê o tratamento adequado, protegendo os dados destas pessoas de possíveis ameaças que queiram se aproveitar desse momento de transição”, analisa o diretor de Tecnologia da Orbital, Wallace Erick.

Já o perito em crimes digitais, Wanderson Castilho, salienta que a IA é uma ferramenta poderosa não apenas para organizar todos os dados necessários, mas também para proteger e monitorar as informações públicas.

“A IA tem a capacidade de, além de criar várias camadas de proteção, controlar todas simultaneamente. Isso ajuda a detectar e responder com agilidade a qualquer tentativa de invasão. Essa é uma tecnologia que abrirá novos horizontes ao identificar padrões e detectar irregularidades, facilitando a tomada de decisões e a alocação de recursos públicos”, finaliza o perito.