Femtech

Por que femtech é importante?

Existem várias razões pelas quais o segmento de femtech é importante, incluindo as seguintes:

• Melhora a prestação de cuidados. Clínicas virtuais, serviços de entrega de prescrição direta ao consumidor e clínicas físicas inovadoras dão às mulheres uma maneira mais conveniente e amigável de acessar cuidados de saúde.
• Facilita o autocuidado. Dispositivos vestíveis, rastreadores de saúde e diagnósticos internos fornecidos pelas empresas de femtech ajudam as mulheres a cuidar melhor da saúde e de seus dados relacionados à saúde.
• Aborda temas estigmatizados. As empresas de femtech estão abordando temas que antes eram considerados tabu, como saúde sexual, menopausa e saúde menstrual.
• Oferece cuidados sensíveis culturalmente e sob medida. As empresas de femtech estão personalizando seus produtos e serviços para grupos marginalizados, incluindo mulheres negras, mulheres em países de baixa e média renda e populações LGBTQ.
• Mais adequado para entender as necessidades das mulheres. Uma vez que as empresas de femtech são estabelecidas e chefiadas principalmente por mulheres, elas podem entender melhor as necessidades e problemas femininos. Além disso, podem atender às necessidades de grupos e indivíduos.
• Reduz a questão da desigualdade de gênero na tecnologia. Além de libertar mulheres de estereótipos de gênero, as femtechs promovem e reconhecem cientistas e técnicas talentosas e dignas de valor, além de proporcionar-lhes mais oportunidades de emprego.

Empresas e produtos femtech

À medida que a indústria cresce e o investimento em femtech aumenta, a lista de produtos disponíveis continua a crescer. Atualmente, algumas empresas populares no meio femtech incluem as seguintes:

• Um aplicativo de saúde menstrual desenvolvido pela cofundadora e CEO Ida Tin. O aplicativo tem como objetivo combinar tecnologia e ciência para mudar a visão da sociedade sobre a saúde menstrual e reprodutiva.
• Um aplicativo de fertilidade criado pela empresa de ciência de dados Glow que fornece informações sobre ovulação, gravidez e saúde da mulher.
• Natural Cycles.Desenvolvido pela física Elina Berglund e seu marido, Raoul Scherwitzl, este aplicativo é alimentado por um algoritmo que determina o status de fertilidade das mulheres com base em suas temperaturas corporais basais.
• Uma pulseira inteligente rastreadora de fertilidade, a Ava atende especificamente às mulheres que tentam engravidar fornecendo suporte à fertilidade orientado por dados. A Ava rastreia cinco sinais fisiológicos e pode prever com precisão a ovulação e a próxima janela fértil de uma mulher.
• Uma empresa femtech fundada por mulheres, a Bonzun oferece o Bonzun IVF, um aplicativo personalizado de fertilização in vitro desenvolvido para melhorar as chances de uma mulher ter sucesso com tratamentos de fertilidade.
• Esta empresa criou uma plataforma remota de pré-natal que reúne tecnologia, ciência de dados e conhecimento médico para melhorar a qualidade do atendimento às mulheres. A Bloomlife também permite que as mulheres aluguem dispositivos vestíveis que fornecem análises e feedback personalizado para que mulheres grávidas e médicos possam prever e gerenciar melhor as complicações da gravidez.
• Esta empresa femtech desenvolveu um monitor de amamentação que permite às mães saber quanto leite está fluindo até o bebê. O dispositivo, que se conecta a um aplicativo de smartphone, permite que os usuários rastreiem em tempo real quanto leite materno um bebê consumiu e como isso se compara com a quantidade que bebês de idades semelhantes consomem.
• Uma clínica virtual de fertilidade, a Apricity usa inteligência artificial para aumentar as chances de conceber para mulheres que tiveram problemas para engravidar no passado. As usuárias podem ser auxiliadas por conselheiras da Apricity, discutindo seu histórico de saúde e histórico de fertilidade. As mulheres também podem agendar consultas com uma das clínicas de fertilidade que colaboram com a Apricity.

Preocupações éticas da Femtech

Embora as mulheres tomem 80% das decisões relacionadas à saúde de suas famílias e normalmente gastem mais do que os homens em saúde, apenas cerca de 3% dos investimentos em saúde digital se concentraram na saúde da mulher desde 2011.

Dessa forma, alguns especialistas dizem que o termo femtech não deve ser usado, pois implica que o mercado de saúde da mulher é um mercado pequeno e especializado, em vez de uma chance de oferecer avanços na saúde para cerca de 3,9 bilhões de pessoas. Também é muitas vezes difícil para as empresas de femtech levantar capital porque os investidores às vezes não estão interessados em ideias relacionadas às questões das mulheres.

Além disso, as empresas femtech precisam equilibrar suas inovações na femtech com preocupações de segurança de dados e privacidade. Os aplicativos femtech podem armazenar informações confidenciais de saúde pessoal das usuárias, como se estão grávidas, seus ciclos menstruais, dados de saúde relacionados ao câncer e sua atividade sexual.

No entanto, atualmente não existem regulamentações ou normas em vigor para lidar com questões de privacidade e segurança em aplicativos de saúde. Consequentemente, as empresas de femtech precisam garantir que tenham medidas de segurança em vigor para impedir que invasores acessem dados das usuárias. As empresas de femtech também precisam dizer a suas usuárias quais dados planejam coletar e o que farão com eles.